
"Saudosa de lembranças remotas,
procuro no tempo a felicidade
que espero encontrar.
Engenhosa e intelectualmente falando,
requinto-me entre palavras que sei
de amor, de amor por mim
e pelos outros.
Com um alegre regresso ao que
dantes fui, consigo endireitar-me.
E forte consigo sempre ser,
na classicidade poética da vida."
"Independentemente de gostar ou não, o importante a referir é que muito pouco do que me rodeia me agrada totalmente. Claro que gosto do mundo sim, principalmente eu que ainda creio em utopias. Mas a ânsia de chegar à perfeição e de fazer com que o mundo a atinja, move-me a lutar e falar. Posso ser pequena, e sou-o decerto. Mas enquanto puder falar, muita coisa poderá mudar!"
"Sei dessa tua perfeita sintonia que comigo crias. Todas as frases inacapadas que deixas que eu, pelo menos em pensamento complete. Conheces-me quase melhor que eu, o que não é difícil, dada a minha complicação perceptiva das coisas. Não o sabes. Não sabes isso, isso mesmo que eu sei. Inspiras-me. Consegues fazer viver o eu que tantas vezes se esconde. Em ti sinto a liberdade. Sinto-me feliz. Não me deixes, por mais afastado que possas estar..."
Andei a intrigar-me com isto até que decidi testar: será que tal como Fernando Pessoa também eu me consigo dividir? Sei sim, que nada em mim é igual. Já me disseram versátil. Acho que é uma qualidade. Mas acho fantástico poder-se ser outros que não nós, daí a minha paixão pelo teatro que aqui ainda não falei. É Magia, tudo Magia.
2 comentários:
Serias então o Alberto Caeiro!!
Inventa três heterónimos e assim eu escolho o meu favorito!
ahaha!
Nao sejas como o FP... Ele era bebado e drogava-se com papoilas.
Teatro é algo diferente... Encarnar outra pessoa, mas nao deixas de ser quem és, minha pequenina :)
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