segunda-feira, 16 de março de 2009

O cinzento e fechado sistema de Ensino


E é por isto que não gosto do nosso sistema de ensino.

Porque se pode enfiar na cabeça a matéria, nas vésperas dos testes e, tendo uma cultura geral satisfatória e uma boa escrita, se consegue tirar 18's e 19's.

Era tudo tão melhor se aprendessemos, se aprendessemos de verdade. Eu assimilo tanta coisa, quilos de matéria que tenho de saber até uma determinada data e, depois... depois atinjo o ponto de saturação e vou esquecendo o mais antigo.

O essencial não se perde, mas tudo o resto...

Esta gente devia aprender, que nós aprendemos (passo a redundância) com trabalhos, sobretudo trabalhos de campo que nos motivam. Depois de robarmos tempo de uma aula para fazermos uns inquéritos para um trabalho de investigação, a stôra diz-nos: "Oh meninos, se nós não tivessemos que dar um programa, tudo poderia ser bem diferente... Podiamos fazer mais investigações, mais debates, tarefas mais dinâmicas!"

Eu acredito que o saber consiste nessas tarefas dinâmicas, no saber por experiência. Não no saber de ouvir alguém recitar o que está no livro e no que nós sabemos ler (logo, se está no livro e nós sabemos ler, nada mais há a acrescentar...), durante algumas horas, a tentar abrir os olhos porque eles insistem em fechar-se.

Ás vezes sinto que estou no tempo da escolástica em que tudo se aprendia pela interpretação de textos de livros e não com a experiência sensível. Larguem a teoria, foquem-se na prática! Só assim nos vão conseguir incutir alguns conhecimentos. Essa prática pode vir de conversas, de explorações, de recolha de dados...

E depois, quando trabalharmos, vamos pensar: "Ah pois, eu lembro-me disto... de quando fizemos este trablho em que procedemos assim, logo é fácil de se resolver."

Tudo em ti de Vermelho


Aquela magia dos gestos sincronizados,
a suavidade das mãos,
o olhar risonho mas não distante,
o ar que respiras e que eu sinto
e as palavras que pronuncias levemente,
como uma suave brisa que ecoa aos meus ouvidos
e me faz parecer mais leve e mais livre.

E sinto todos os teus desejos
e aprendo com todos os teus erros
e sorrio quando sorris
porque me trás uma felicidade imensa.
Todas as tuas expressões me são conhecidas,
todas elas falam,
todas elas falam por ti e dizem aquilo que tu não dizes,
aquilo que consentes sem gostar,
aquilo que gostas e não comentas.

E toda a tua figura me faz sonhar,
todos os teus pensamentos são a verdade,
a verdade mais escondida que eu quero descobrir,
toda a tua postura me rege.
Os teus olhos iluminam,
a tua boca guia,
os teus ouvidos escutam
e o teu andar,
o teu andar abre caminhos.
Os caminhos que eu preciso seguir para te encontrar.
(E depois de lerem isto, a resposta à vossa pergunta, é não.)

segunda-feira, 9 de março de 2009

As Amigas Coloridas


Estava aqui a acabar de escrever uma dedicatória de aniversário para uma das minhas melhores amigas e percebi o quanto as melhores amigas são importantes para mim.

Se calhar não é bom. Se calhar não é bom estar assim tão dependente das amigas, das melhores amigas... mas por outro lado, sei que elas nunca me vão faltar. Já deram provas disso.

Adoro cada uma à sua maneira... claro que tenho amigas muito proximas, mas as melhores amigas, as melhores amigas são aquelas tres.


Aquela que eu adoro, aquela que comigo cresce, aquela que me dá um sorriso, que me arruma as coisas de ginastica dentro da mala minuscula, com o seu toque especial, aquela que encontra as coisas que eu procuro, aquela que se dispõe a ajudar sempre, mas sempre que eu preciso e, que tem sempre, mas sempre tudo o que eu preciso, nem que seja um abraço. Ela que me mostra o caminho e que me faz acreditar que tudo é possível. A que tal como eu, acredita no mundo, acredita nas pessoas, acredita na Humanidade.


Depois temos aquela que já é um dinossauro na minha vida. Depois de tantas fases que já passei por ela, creio que esta é a melhor (se bem que aquela da primária na altura das descobertas também foi muito interessante!). Como é a antiquíssima, já me conhece de gingeira. Esta não vale a pena tentar enganar, falar de mansinho, ou fazer ronha. Sabe sempre as minhas segundas intenções! É aquela dos desabafos sobre os conflitos familiares, sobre os meus desamores, sobre tudo, até sobre ela. De vêz em quando torna-se impossível de suportar, segundo novas fontes, sofre de "depressão qualquer coisa", eu cá acho que é parvoíce. Mas continuo a adora-la na mesma. É a mais acessivel, basta ligar que ela aparece... ou apareço eu à sua frente! Ah! pode passar uma semana comigo, que só quando alguém repara, no fim-se-semana, é que ela repara, também, que cortei o cabelo.


Depois temos a outra, aquela com quem sou somente 51% compatível. É um facto, somos como azeite e água. Não gosto de muita coisa nela, mas gosto muito dela. É horrível ir com ela às compras, principalmente se tivermos de comprar alguma coisa em conjunto: tudo o que vimos nas montras que nos desperta a atenção, enquanto eu estou a dizer que adoro, está ela simultaneamente a dizer que odeia e, vice-versa. Irritam-me muitas das suas atitudes, mas isso não invalida que reconheça nela uma verdadeira amiga, que apesar de dizer muita coisa que não gosto de ouvir, está la sempre e lebmra-se sempre de mim, principalmente quando os outros acham que estou a ser mariquinhas. A sua capacidade de observação, faz com que repare em tudo em mim e, que por isso, perceba sempre como estou.


Acho que se elas vierem cá ver isto sabem quem são, por isso, a todas: Muito Obrigado!

Fazem de mim quem sou e fazem com que o Sol sorria muitas, muitas vezes para mim.

Beijinho.