segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Fragmentação tropicalmente cromada


"Saudosa de lembranças remotas,

procuro no tempo a felicidade

que espero encontrar.

Engenhosa e intelectualmente falando,

requinto-me entre palavras que sei

de amor, de amor por mim

e pelos outros.

Com um alegre regresso ao que

dantes fui, consigo endireitar-me.

E forte consigo sempre ser,

na classicidade poética da vida."



"Independentemente de gostar ou não, o importante a referir é que muito pouco do que me rodeia me agrada totalmente. Claro que gosto do mundo sim, principalmente eu que ainda creio em utopias. Mas a ânsia de chegar à perfeição e de fazer com que o mundo a atinja, move-me a lutar e falar. Posso ser pequena, e sou-o decerto. Mas enquanto puder falar, muita coisa poderá mudar!"



"Sei dessa tua perfeita sintonia que comigo crias. Todas as frases inacapadas que deixas que eu, pelo menos em pensamento complete. Conheces-me quase melhor que eu, o que não é difícil, dada a minha complicação perceptiva das coisas. Não o sabes. Não sabes isso, isso mesmo que eu sei. Inspiras-me. Consegues fazer viver o eu que tantas vezes se esconde. Em ti sinto a liberdade. Sinto-me feliz. Não me deixes, por mais afastado que possas estar..."



Andei a intrigar-me com isto até que decidi testar: será que tal como Fernando Pessoa também eu me consigo dividir? Sei sim, que nada em mim é igual. Já me disseram versátil. Acho que é uma qualidade. Mas acho fantástico poder-se ser outros que não nós, daí a minha paixão pelo teatro que aqui ainda não falei. É Magia, tudo Magia.


2 comentários:

LilianaS. disse...

Serias então o Alberto Caeiro!!

Inventa três heterónimos e assim eu escolho o meu favorito!

ahaha!

Joaninha disse...

Nao sejas como o FP... Ele era bebado e drogava-se com papoilas.

Teatro é algo diferente... Encarnar outra pessoa, mas nao deixas de ser quem és, minha pequenina :)