terça-feira, 26 de outubro de 2010

Se a cor depende de cada um, a minha é verde-alface

-Será que algum dia foste feliz?
-A felicidade é muito subjectiva para to poder dizer; mesmo quando pensas que quando comecei a ser feliz, a infelicidade me impediu de ser, digo-te que tudo é uma questão de dar mais importância a essa felicidade para que não seja abafada. Se vires a felicidade em tudo, serás feliz.

São de terra, são castanhas


É absurdamente estúpido escrever sobre aquelas horrorosas escadas. Mas a pedido de várias famílias, terei de o fazer.
São exactamente isso, horrorosas. Intermináveis, infindáveis, largas para pôr só um pé, estreitas para pôr dois. Íngremes, feias, torturantes. Ninguém nunca falou, em tempo algum, bem das mesmas. E ninguém nunca falará. Uma escola tão bonita e moderna, à qual se tem de aceder por esta tentativa de escadas, que ornamenta uma colina, onde se encontra de tudo, menos cimento. Não que eu ache o cimento uma coisa bonita, mas passar aqueles dolorosos 10 minutos da minha vida (5 a subir e 5 a descer) fugindo aos ataques de plantas, canas, e toda uma panóplia de coisas verdes, que por não serem cortadas, são gigantes e, por outro lado, de eventuais espécies de animais das quais nunca avistei nenhum exemplar, mas que cuja existência já me asseguraram, é desagradável e desesperante.
E muitos são os arquitectos que já se debruçaram sobre as possíveis alternativas àquelas escadas (sem ser ir dar a volta ao mundo, o que pode acontecer, num dia qm que chova muito, ou que precisemos de fazer tempo para ir para as aulas - o que não acontece), nos quais eu me incluo. Porque não uma rampa acimentada, umas escadas forradas a alcatrão, ou simplesmente o embelezamento da coisa, que ao menos não nos faria desistir das actuais escadas antes mesmo de as começarmos a subir?
A boa notícia é que chegarei ao Verão com os glúteos "memo bons"!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A falta de controlo poe-me amarela

É que não sei o que vai acontecer. E isso dá-me dores de barriga e tira-me a fome. Não gosto de meio-termos. É um stand by que me perturba e atrofia o corpo e a mente. Será que sim? Será que não? E enquanto isto não acabar não passa. Isto? este querer/não querer, este vai/não vai.
E depois mordo-me de insegurança quando penso em toda uma realidade diferente com que me deparo sem ter consciência. E fico triste. Ou então passa por mim qualquer coisa que me dá uma força vinda sabe-se lá de onde e me faz sorrir.
Mas cá p'ra mim nada disto significa o que costuma significar (ou se calhar sim). Mas não tenho a certeza de nada. E isso irrita-me tanto que me baralha cada sentimento e me enfraquece constantemente.

domingo, 3 de outubro de 2010

Não se preocupem em compreender este texto cor-de-rosa

Costumava ser hábito olhar para a rua todos os dias e acenar. Sentia-me bem, porque me correspondiam. Naquele agitar de mãos e mexer de lábios percepcionando-se o “olá”, estava implícito muito mais. Agora quando olho não é igual. Por isso é que gosto de hábitos.

Interessa lá se eram pretos. A boa notícia é que falavam


É uma vida agitada, mas isso toda a gente sabe e, sendo verdade ou não, todo o mundo o diz. Andando aima e a baixo como muitos transeuntes, começava a ficar desanimada, uma vez que quase todos os meus pensamentos se focavam naquilo que queria e não encontrava. Nada de muito importante. Mas desejado. Lá tive a ideia de pedir emprestado, depois de todo aquele esforço físico e mental. Mandei mensagem, telefonei e lá encontrei alguém que me satisfez o pedido. No entanto, ainda nesta azáfama, informaram-me que o meu pedido não era possível de satisfazer nas medidas em que queria. E fui então eu, tentar remediar-me com o que haviam encontrado. Mas estava irritada e alegre ainda assim, porque ao sentir-me tão ridícula, chegava a achar piada de mim mesma. Foi aí que os vi. E fiquei encantada. Não era daquilo que tinha andado em busca a tarde toda, mas era muito melhor. Eram cintilantes, esses pequeninos olhos que me sorriram quando por eles passei. E senti-me tão feliz que tudo aquilo em que estava embrulhada me passou ao lado. Gostei tanto de ver o que vi, que fiquei surpresa por me ter mostrado a racionalidade. Parei, olhei e e o que era importante deixou de ser esquecido.