quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Amor tão Branco e tão Ilimitado


"Da noite que me cobre,
Negra como um poço de alto abaixo,
Agradeço quaisquer Deuses que existam
Pela minha alma inconquistável.

Na garra cruel da circunstância
Eu não recuei nem gritei.
Sob os golpes do acaso
Minha cabeça está sangrenta, mas erecta.

Além deste lugar de fúria e lágrimas
Só o eminente horror matizado,
E contudo a ameaça dos anos
Encontra e encontrar-me-á, sem temor.

Não importa a estreiteza do portão,
Quão cheio de castigos o pergaminho,
Sou o dono do meu destino:
Sou o capitão da minha alma."

William Ernest Henley


E se ele "passou quase trinta anos numa cela, e conseguiu perdoar todos os que lá o meteram", como pode ser tão grandiosa a nossa pequenez que eleva a mais alta mesquinhice à condição de obstáculo ao perdão?

Descobri a plena bondade neste Homem, Mandela. Agora já posso juntar mais este pedacinho em mim, junto a Luther King e Madre Teresa. Pudesse eu ser tão valiosa como eles, que dentro da minha cela de largura de braços em que me encontro conseguisse ver o mundo e amá-lo, tanto como me amo a mim, tanto como às vezes me custa a acreditar que sou capitã da minha alma, tanto como me odeio sempre que me importo com a estreiteza do portão.


P.S. Vejam o "Invictus", não é dinheiro deitado fora, garanto*

2 comentários:

Catie Mars disse...

oh, podias ter dito, tambem quero ver

LilianaS. disse...

Ah tem autor

Achava que era um pouco demasiado sobrio para ser teu:)

Quero ver se arranjo tempo então para ver esse livro:)