sábado, 20 de junho de 2009

Retórica Socrática Vermelha


Podemos não gostar das suas decisões, do seu modo de ser, das suas acções e, até mesmo, dos seus ideais. Podemos, inclusivamente, não gostar da sua postura ou da sua presença.

Más temos que reconhecê-lo como um bom político... muito bom político, um dos melhores, ou o melhor da actualidade portuguesa... por algum motivo "está onde está". Sócrates. ("Alguém falou em Sócrates?" [muito Gato Fedorento] ).

Toda a sua retórica quase me convence daquelas coisas que não me convencem. E eu conheço as minhas capacidades de seleccionar informação... mas muitos não são tão capazes de o fazer. Acho que já tinha aqui escrito algures, que o melhor aliado do poder é a ignorância dos seus súbtidos. Tirem as vossas conclusões...

Sócrates tem o dom da palavra (independentemente do termo a que o conceito se aplique), característica que admiro muito, consegue virar sempre o jogo a seu favor e, mesmo quando o estão a atacar, continua a fazer campanha e a "ad misericordiar" um bocadinho com as coisas que lhe "ferem a sensibilidade". Mas com estas e com outras vai angariando os votos daqueles que até estão chateados, mas que ao ouvi-lo começam a "perceber a sua perspectiva".

Eu reparei nisto no outro dia, na sua entrevista. Tive pena de não a ver toda, mas estava (supostamente) a estudar geografia para o exame (que já foi!). Mas deu para perceber que, ele passou a entrevista a fazer campanha e que, ou a jornalista era a sua melhor amiga e nós não sabemos, ou não o conseguia atacar.

Enquanto não vier um melhor, contentamo-nos com este, bom ou mau, é o que há.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Um brilho Azul (pah se calhar é verde, mas acho que não)


Parece que a minha projecção de futuro não se desmoronou, parece que ainda tem alguma continuidade, parece que consegui ver de novo a luzinha ao fundo do túnel. A Luz dos teus olhos, e, ai, se soubesses o sorriso que tenho nesta cara de parva ao escrever isto. Para mim já tinha acabado, estava feito… isto é, desfeito. Mas admito que, provavelmente, sempre tenha acreditado num reencontro “à antiga!”.
Pensei que tivesses mudado, que estivesses como todos diziam que estavas, que estivesses como eu própria tinha sentido, mas que nunca tinha revelado… mas não, pareceste-me tão como eras outrora, pareceste-me tão próximo, tão conhecido… Os teus olhos tão puros, o teu sorriso tão livre, sem farsas.
Eu sei, muito provavelmente foi um dia bom, alguma réstia de saudade e talvez estejas tão partido como me havia apercebido. É a realidade. Mas não, com certeza que já não estás rodeado por aquela mancha meia sombria que te consumia. Eu espero, eu acredito.
E não quero saber do que os outros dizem ou não de ti, eu nunca ouvi nada e não ouvirei até deixar de acreditar em ti, mas não quero que isso aconteça. Acredito em ti. Na tua pessoa, no teu coração, na tua alma.
Eu precisava tanto de demonstrar como estava feliz, nem que seja nesta pequena ilusão.

Ah! Parece que o PSD ganhou as europeias, mas pelo que ouvi, nenhum dos partidos fez uma grande campanha relativamente à Europa. Eu sinceramente não tomei muita atenção.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Sufocas-me Cinzentamente


Não sei o que sinto. Não sei por quem sinto. Não sei porque sinto. Não sei como sinto. E nem sequer sei quando sinto.

Mas sei que sinto.

Sei que me irrita incessantemente essa tua insolência , sei que me irrita ainda mais, ser incapaz de to dizer, e que me mete raiva estar cada vez mais acorrentada áquilo que não queria sentir, estar cada vez mais sufocada por aquilo que me prende a ti, e ser tão, mas tão impotente quando me falas.

Sei que sinto vontade de te bater. Sei que sinto vontade de te acordar. Sei que sinto vontade de estar contigo. Mas não quero! Essa tua inconstância, esse teu querer-não-querer, esse teu descaramento camuflado.

Tudo me chateia como um dia ventoso que me despenteia e não me deixa ver. Mas tudo me faz querer mais de ti como o próprio dia ventoso que me manda a brisa que me refresca e me faz sentir livre. Mas tu fazes sentir-me presa, presa a uma coisa que não tenho, que não quero ter, ou que não gostava de querer ter. Presa a esse teu despenteado emocional.

Mais valia partir as correntes... mas não consigo.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O Mundo do Azul Bebé e Rosa Claro

Crianço e gosto de criançar. É verdade, crianço com frequência. Porque, por muito que cresça, felizmente, não me desprendo daquele fiozinho de nylon que me liga à infância.
Tento acreditar… e acredito… ou finjo que acredito para não me chatear. Ingenuidade, é capaz. Mas não sou tão ingénua assim, o que é bom.
Tento ser sincera, mas ainda me falta muito para assim me poder considerar. Não gosto de magoar, o que é bom. Sim as crianças sabem quando magoam.
Mas e, se todos mantivéssemos o fiozinho de nylon? Todos seriamos espontâneos… o meu sonho é viver num mundo espontâneo, queria acreditar nessa possibilidade, é verdade, mas a fragilidade do meu fiozinho começa a não permitir que eu acredite em tais utopias.
Mas seria, realmente bom: Um mundo como o das crianças (algumas) em que se dissesse o que se pensasse, em que não se jogasse com sentimentos, em que se deixasse as correntes da imagem e o bichinho do poder. Um mundo melhor, em que mostrássemos o que realmente somos.
Mas não, não aprendemos com elas. E ainda há quem diga que são infantilidades. Opiniões… mas não me convencem.
Não é preciso ter mais que… ou parecer mais que… as crianças são genuínas e eu tento ser como elas. A cultura das aparências e do poder influencia-me, é verdade, mas não me sinto realizada ao vê-lo acontecer. Não, não me vou render… nunca me renderei.
Eu cresço e evoluo e amadureço e cresço, mas quero continuar a usar a filosofia das crianças. Com peso e medida, todo deveríamos criançar. Eu crianço e hei-de continuar a fazê-lo.