terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Grená, porque não? Hoje o dia é de avarias mentais


Pode não ser este o caminho, mas a minha individualidade cheia de gentes, é capaz de bastar. Nesta quietude agitada com que consigo dar acção aos verbos que logo deixam de o ser, sinto-os. Distantes, desviantes, devorantes, quiçá? São esses olhos que pouco procuro e raramente consigo encontrar e que confusos e dispersos podem observar-me. Não será este o meu mítico e teimoso erro de ver o que lá não está como quem espera pelo que já passou? Se a poderosa magia existe pode não sê-lo aqui, mas e porque não? A minha racionalidade relativizante será assim tão pouco sensível a estas velhas novidades que as sinta com indiferença? Ou estará a intriga perene do meu eu que emoções mostra, querendo revelar-se mais alto e mais além?
O certo é que esse tacteado hesitante um dia chegará onde almeja, de uma forma ou de outra. Com romanescas e inspiradas intenções e apaixonantes sonhos iluminados ou apenas com sorrisos amistosos de quem dá aquilo que pode. Chegar-não-chegar, olhar-não-olhar, espreitar-não-espreitar por aquele cantinho a que vulgarmente chamamos rabinho do olho, são as ilusões eminentes daquilo que vai preenchendo lacunas que ambos sabemos completar.
A perfeita sintonia que em momentos de devaneios consigo conquistar, sozinha ou não, por aquilo que tenho vindo e posso vir a receber, mesmo que de poucos e pequenos bens se trate.

E agora, hein? Inspiração ou exposição? Caros leitores que por norma são as pessoas que se metem na minha vida e a que costumo chamar de amigos, entendei-vos com esta mensagem que fala de entrelinhas do destino, entrelinhas essas que podem tentar entender, se eventualmente e teimosamente existirem.

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