sábado, 11 de abril de 2009

Fuga lilás, sem rosa a atenuar


Nunca esperei. E, mesmo depois de tudo, continuei a não esperar. Parecia-me tão claro e evidente... Eras tu, como seria possível?
Mudaste, mudaste como eu não imaginara. Talvez bruscamente: Ouvi dizer que sim.
Desilusão... Mas há qualquer coisa nesta palavra de que não gosto: faz-me ter saudades, mais do que as que já tinha. Agora tenho mais. Mais de quem eras de verdade.
A culpa não foi minha. Foi toda tua. Foste tu, a culpa é tua.
Mas e se também tiver sido minha? Não, não foi. Poder-te-ia ter puxado... mas tu nem deste hipótese.
Foste tu. Fugiste. Nem sequer encaraste o que tinhas para encarar. E nem uma explicação ouvi de ti. Tudo por outros... e sem explicação.
E afastaste-te, e afastaste-te dos teus princípios, e afastaste-te do que eu sabia que eras, e afastaste-te de quem te queria bem e não o sabias.
Mas podias ter ficado. Podias ter ficado o mesmo, sem mudança alguma... com esse teu bom coração e essa parvoeira natural. Mas não quiseste e toda aquela redoma se estalou.
Tudo o que eras para mim sofreu estragos. Continuo a acreditar em ti, sim. Mas desiludiste-me.
Espero por quem tu eras autrora... Eras tu, a minha missão.

3 comentários:

Anónimo disse...

Agora que ja me disses.te, realmente faz sentido, e revejo.o como ninguém nas entre-linhas das tuas palavras! =)

laranjinha disse...

o coment de cima é meu! --'

JoanaC. disse...

Dá pa perceber, gaja laranjinha!