terça-feira, 25 de agosto de 2009

"Ficas tão rosada depois do jogging!"


Começo a medo entre empasses, tentando atrasar o inevitavel. E dão o emporrão e inicio a corrida. Devagar, com pouco entusiasmo, mas depois com força, de vontade pelo menos, um, dois, três passos acelerados. E já está. Corrida contínua como eu gosto, sem desníveis nem arritmias. Constante. Agora já não paro. Não desisto, não troco, não me alio ao vai-vem. Mas passado algum tempo o corpo começa a ceder, as forças falham quando é necessário amparar uma queda no destino, uma queda minha. E recorro novamente à força, posso motivar-me em ti, ou em ti, ou em ti, ou mesmo nela, ou neles. Mas a minha motivação nem sempre é segura e é tarde quando disso me apercebo. Mais enfraquecida fico. Mas não paro. Não sou miúda de parar. Por mais que não seja para mostrar o que valho. Ainda assim, quando consigo aguentar o cansaço muscular, começam os pulmões a pedir mais, e mais, e mais. E eu respiro, muito. Insiro, inspiro, inspiro, mas mal expiro. Tudo entra e não sai. Como às vezes desejava poder expirar mais e respirar devagar, oxigenar o sangue? Mas não. è uma aflição tão grande, uma necessidade de morte em encher, mas esvaziar custa. E quem corre comigo tem de saber ensinar-me a respirar e tem saber que não estou a deitar fora e tem de saber aliviar a minha dor. Aí chega o momento insoportável, aquele em que as pernas já não correm, em que os pulmões já não se enchem, em que paro. O momento de parar. E paro, fico pelo meio, terei já cumprido os meus objectivos? Os outros continuam mas eu não. E que mal há nisso? Houve gente que parou antes de mim.

E amanhã começo de novo.

A minha vida nada mais é que um jogging de sentimentos.

2 comentários:

Ema Lomba disse...

São mais a vezes q para.ms do q as q nos fazes continuar, q mete.ms para dentro e n deita-ms fora... por vezes olhamos para fora para os amigo e ficamos a espera d coisas q eles n sabem dar, viramos.ns para fora pq n qere.ms ver q a luta é interior. Temos de calar muitas vezes, lutar contra nós propios, em silencio, sós, para poder continuar a corrida, pq ninguem por mt q qeira pode correr por nós...
tenho de te dizer q deves ficar orgulhoza com este texto está assim perfeito, tocou.m mt 5*

Diana Duarte disse...

Olá outra vez! Vi o título do teu blog em qualquer sítio e resolvi investigar.

Eu disse que gostava de diferenças, de coisas diferentes, pouco usuais. Não é a primeira vez, em que depois de lerem um livro que recomendei ou uma música, as minhas amigas me dizem que adoraram, mas devido ao título ou à imagem não tiveram a curiosidade de procurar.

Eu sou o oposto, quanto mais estranho for mais eu quero ver, explorar. Saber o que é, como é, porque é, como funciona e com que objectivo. Com este tipo de personalidade já tive desilusões e agradáveis surpresas como tu, mas vale sempre a pena ir ver, pois nunca sabemos se não experimentarmos.

Quanto ao post, é verdade que depois de tanto esforço, de tanta correria há-de haver algum momento em que tenhamos de parar, nem que seja para respirar, mas não é bem como tu dizes, uma paragem tão definitiva. É mais uma pausa, um recuperar de baterias, uma necessidade de respirar para não nos afugarmos.
Mas todo o mergulhador tem de vir à tona para respirar sabendo, no entanto, que o mergulho ainda não acabou, necessitam apenas de segundo para respirar e ter as condições necessárias para voltar a mergulhar.

Beijo =)