sábado, 16 de agosto de 2008

Verde escuro dos defeitos


Mentira- Porque não te revelas? Porque não mostras o que és realmente? Pões-te bonita, vestes-te bem, demoras muito tempo a pentear-te e carregas na maquilhagem, porquê?


Vaidade- Porque faço o mesmo que tu. Não acho que seja bonita como sou. Tal como tu. E por isso escondes a verdade para não te sentires mal…


Gula- A inveja também esconde o que é querendo sempre o que os outros têm. Não fica feliz por ter o que tem. Porque não te sentes bem assim?


Inveja- Porque posso ter mais, porque não compreendo como posso ter tão pouco e os outros tanto, porque não sei lutar pelo que almejo. Sou como tu, Gula, não consigo parar de pensar em querer sempre mais.


Injustiça- Dizes que vida não é justa para ti, Inveja? Olha, a culpa é do Egoísmo, por todos quererem o que têm, não o partilham com mais ninguém.


Egoísmo- A culpa é tua Injustiça, se me ensinasses a ser justo, já não guardaria as coisas só para mim. Eu gosto das minhas coisas, são minhas, não tenho que as dar. A arrongância é que não se preocupa com os outros. Porque és assim?


Arrogância- Porque sou como tu, não penso nos outros. Eu tenho sempre razão. E a violência aproveita-se de mim, para fazer o que faz.


Violência- Eu não me aproveito de ti, não tenho culpa que abafes a racionalidade e me faças actuar. Se tivesses inteligência, já não fazia o que faço.


Mentira- E orgulhas-te de ser assim má? De causar tanto sofrimento?


Vaidade- Sim ela usa-me quando se mostra no lado mais forte.


Inveja- Tu, Mentira, não tens o direito de acusar niguém. Muito menos com esses argumentos.
Injustiça- Inveja, não estejas a defender a Violência, porque muitas vezes, és tu que a fazes acontecer.


Egoísmo- A culpa é tua injustiça, se não existisses, já ninguém pensava que podia ser melhor considerado porque sabe lutar melhor.



E continuaram nesta discussão chamando mais alguns defeitos, até se magoarem todos. Mas não aprenderam e continuaram iguais. Enquanto não se começar a ver no outro, o que vemos em nós, eles nunca vão acabar.

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