terça-feira, 5 de agosto de 2008

Um presente meio acinzentado


Aqueles dias em que não se faz nada. Aqueles dias em que temos sono. Aqueles dias em que não temos paciência para começar alguma coisa, ou mesmo acabá-la. Aqueles dias em que estamos sem vontade de comer, de ver, de sentir.
Tenho um aperto no coração, e as vezes apetece-me chorar. Porquê que nem todos os dias podemos esquecer os problemas? Porquê que não nos conseguimos manter afastados do que nos dá medo quando estamos sozinhos?
Porquê que sozinha me sinto mal, porquê que não tenho aquela força? Porquê que não sinto que vivo noutra realidade, na realidade?
Preocupo-me de mais quando não estou ocupada. As pessoas ocupam-me. As pessoas destraem-me. As pessoas trazem-me à vida.
Hoje eu queria aquele sorriso. Eu queria aquela conversa. A bela da piada. A briga. O disparate. A trapalhada. Aquilo que nos faz soltar uma gargalhada. Ou o desabafo que nos aproxima. Eu queria os silêncios depois das discussões. Eu queria a curiosidade sobre alguém. Eu queria as brutices, os ais de não me toques, os entusiasmos sobre os possíveis candidatos a pretendentes. Eu queria aquele arrepio quando se pensa nos projectos futuros, ou quando estamos a imaginar. Quando estamos ausentes. Queria apanhar ar.

Depois a coisa animou. Acho que sim. Que mesmo depois de um dia mau, há sempre uma boa noticia.
O mundo não vai acabar. Positivismo, é o que espero ter agora nas próximas horas.

1 comentário:

Ana Correia disse...

Com a tua alegria um dia contigo é tudo menos cinzento!! =)

Beijinho grande prima.